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Depois dessa longa revisão, nossos estudos passam a se concentrar, agora, nas relações entre o campo da Arte e o campo da Comunicação. A ideia é discutir alguns pontos fundamentais para o campo da Estética, a partir da emergência do que Adorno e Horkheimer chamaram de indústria cultural.
Como ponto de partida, vamos retomar justamente as reflexões de alguns dos teóricos da Escola de Frankfurt, especialmente Adorno & Horkheimer e Benjamin. Trata-se de dois posicionamentos distintos em relação aos fenômenos decorrentes dos processos de modernização tecnológica pós-Revolução Industrial.
Toda a cultura de massas em sistema de economia concentrada é idêntica, e o seu esqueleto, a armadura conceitual daquela, começa a delinear se. Os dirigentes não estão mais tão interessados em escondê la; a sua autoridade se reforça quanto mais brutalmente é reconhecida. O cinema e o rádio não têm mais necessidade de serem empacotados como arte. A verdade de que nada são além de negócios lhes serve de ideologia. Esta deverá legitimar o lixo que produzem de propósito. O cinema e o rádio se autodefinem como indústrias, e as cifras publicadas dos rendimentos de seus diretores gerais tiram qualquer dúvida sobre a necessidade social de seus produtos. (ADORNO; HORKHEIMER)
A reprodução técnica pode colocar a cópia do original em situações impossíveis ao próprio original – pode aproximar a obra (antes afastada) dos indivíduos, seja sob a forma da fotografia, seja do disco. A catedral abandona seu lugar para instalar-se no estúdio de um amador; o coro, executado numa sala ou ao ar livre, pode ser ouvido num quarto. (BENJAMIN)
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